Depois de tantas pipocas hi tech de microondas resolvi voltar no túnel do tempo e ir para o fogão estourar aquele milho de saquinho assim como antigamente e fazer uma pipoca digna dos carrinhos de rua. A estória foi divertida porque eu não tinha mais a noção da quantidade de milho e acabei estourando pipoca pela cozinha inteira. Apesar da bagunça consegui dar um ar gourmet legal com um toque de azeite de oliva e uma pitada de sal com ervas. Ficou realmente divina para acompanhar o filme Romance que tem como pano de fundo a sofrida estória de amor de Tristão e Isolda. O filme de Guel Arraes mescla romance, uma pitada de comédia outra de drama, cenas de teatro e até cordel (muito lindo por sinal). Vale a pena conferir!
domingo, 22 de maio de 2011
domingo, 15 de maio de 2011
Para compartilhar
Com o tempo, não vamos ficando sozinhos apenas pelos que se foram:
vamos ficando sozinhos uns dos outros.
Mário Quintana
O tempo nos deixa mais solitários, vamos ficando mais seletivos ao ponto de nos esquivarmos da convivência. Quando se é criança, estar junto é ter alguém com quem dividir as brincadeiras e as risadas. Adulto é mais complicado, tem que ter o que mostrar, não pode aparentar sinais do tempo, afinal podemos ser tachados de decadentes.
Aqueles primos que se amontoavam em uma casa de praia todo verão e se divertiam sem dificuldade hoje não se vêem mais. Cada um seguiu seu rumo (de sucesso) e daquela convivência gostosa só restou notícias esporádicas de suas conquistas mirabolantes. O ciclo se reinicia e me pergunto o que acontecerá com os primos desta nova geração que hoje se reúnem para comemorar os tão sonhados e mágicos aniversários das suas infâncias. Será que irão se mobilizar para estarem juntos nestas datas quando forem adultos, ou até um telefonema será algo remoto e sem sentido?...
O tempo afasta umas coisas e aproxima outras, mas tenho a impressão de que os encontros vão se tornando mais rasos e mais condicionados. Se a casa não está impecável os amigos não são convidados para não fracassar a performance de anfitriã(o) perfeita(o). Mas se a casa está impecável achamos melhor desfrutar deste estado de graça sozinhos ao invés de nos disponibilizarmos ao caos temporário da convivência. Afinal para que enfurecer o mar de tranquilidade e segurança de nossa zona de conforto estável?
A proposta desse almoço é resgatar os encontros despretensiosos e despidos de todo glamour. Cardápio simples: lagarto recheado, escondidinho de carne, acompanhados de arroz branco e vinagrete de rabanete. Comida gostosa, feita com amor para alimentar a alma. Estão servidos?
domingo, 8 de maio de 2011
Frango Tandoori
Em homenagem ao dia de hoje escolhi um prato que tem sabor de comida de mãe, cheirosa dessas que enchem todo o ambiente. Além disso é uma receita super prática para as mães modernas que não tem muito tempo para estarem na cozinha. Descobri os cortes de frango coxa e sobre coxa já desossados e tenho gostado muito do resultado, visto que é a carne é mais suculenta que a do peito. Eu retiro toda a pele antes de temperar, assim fica mais saudável. O tempero Tandori é uma mistura indiana famosa composta de alho, coentro, feno grego, mostarda, cominho, gengibre, pimenta calabresa, canela, erva doce, casca de laranja, colorífico, páprica doce e anato usada principalmente para temperar frango mesmo que eu compro na Bombay (www.bombayfoodservice.com.br). Geralmente é adicionada em iogurte mas eu substituo-o por azeite extra virgem. Tempero o frango de véspera acrescentando sal a gosto. Depois asso em assadeira coberta com papel alumínio por aproximadamente 30 minutos. A mistura tem uma cor bem vibrante e o aspecto do frango fica ótimo, além do sabor qué é realmente maravilhoso! Eu estou com a embalagem da mistura aqui do meu lado para conferir os ingredientes e estou salivando só de sentir o seu aroma.
Completo a homenagem às mães com o poema Para Sempre do querido Drummond de Andrade, conterrâneo das nossas Minas Gerais e também farmacêutico.
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho
domingo, 1 de maio de 2011
Arroz vermelho com linguicinha bêbada
Essa receita é super prática e muito saborosa. Comprei o arroz vermelho do Atelier Namorado e fiz a receita da embalagem assinada pelo chef Olivier Anquier. Deu super certo e ficou irressístível. Tive dificuldade apenas no tempo e na quantidade de água para cozimento. Da primeira vez que fiz coloquei 4 xícaras de água para 1 xícara do arroz e cozinhei por 20 minutos na panela de pressão. Ficou duro e a água não secou toda, então resolvi cozinhar por mais 20 minutos sem acrescentar mais água. Após esse tempo, parte do arroz ficou em ponto al dente perfeito, mas boa parte queimou no fundo. Resolvi repetir a receita colocando dois copos a mais de água e cozinhando sem abrir a panela por 40 minutos direto. Quando destampei a água já havia secado praticamente toda e o arroz ficou com uma consistência de risoto cremoso, muito bom. Mas para obter grãos mais soltos acho que na terceira tentativa utilizaria 5 xícaras de água para cada xícara de arroz e cozinharia por 30 minutos apenas. De qualquer forma, publicarei novas experiências com essa receita quando tentar novamente. Eu rebatizei o prato, chamado originalmente de Arroz Vermelho com Linguiça da Roça, porque a receita leva um cálice de cachaça. Várias receitas dessa linha de grãos especiais do Ateliê Namorado estão disponíveis no site http://www.atelienamorado.com.br/.
E agora um pouco de poesia e abstração...
Um mar onde bóiam lentos,
Fragmentos de um mar de além...
Vontades ou pensamentos?
Não o sei e sei-o bem.
Fernando Pessoa
Amo essa frase de Fernando Pessoa:
"Querendo, quero o infinito" mas no fundo acho que ...
A gente se poupa para se preservar,
É bem mais difícil se jogar.
Seremos considerados loucos.
Melhor então será morrer aos poucos?!
E agora um pouco de poesia e abstração...
Tudo que faço ou medito
Fica sempre na metade,
Querendo, quero o infinito.
Fazendo, nada é verdade.
[...]
Fica sempre na metade,
Querendo, quero o infinito.
Fazendo, nada é verdade.
[...]
Um mar onde bóiam lentos,
Fragmentos de um mar de além...
Vontades ou pensamentos?
Não o sei e sei-o bem.
Fernando Pessoa
Amo essa frase de Fernando Pessoa:
"Querendo, quero o infinito" mas no fundo acho que ...
A gente se poupa para se preservar,
É bem mais difícil se jogar.
Seremos considerados loucos.
Melhor então será morrer aos poucos?!
Assinar:
Postagens (Atom)