sexta-feira, 22 de abril de 2011

Pasta 7 cores

Esse final de semana estou comemorando bodas de 5 anos de casamento e escolhi essa pasta bem colorida, cheia de aromas e sabores diferentes. Todas as cores são naturais obtidas através dos ingredientes tomate, espinafre, acelga vermelha, açafrão, funghi, tinta de lula e natural. Escolhi utilizar um molho pesto de boa qualidade comprado pronto para não ter que gastar muito tempo na cozinha em uma data tão especial, mas ao mesmo tempo conseguir dar um toque pessoal preparando o prato em casa.



O romantismo ficou por conta da música "Te Amo" do novo CD "Bicicleta, Bolos e Outras Alegrias" da Vanessa da Mata que escolhi especialmente para essa data. Outra trilha selecionada foi a "Tema de Amor de Cinema Paradiso" de Ennio Morricone. Aproveitamos também para rever esse belíssimo filme italiano de Giuseppe Tornatore produzido em 1988 (e já se foram 23 anos!).




Amei esse clipe da música Te Amo dirigido por Wagner Moura, que como ele mesmo disse  traz a "presença luxuosa" de Ronaldo Fraga e resgata a atriz e bailarina Marilena Ansaldi. É simplesmente encantador, sugiro que assistam também o Making Of para se envolverem mais com a sua proposta.





 Para finalizar, proponho rever uma cena inesquecível do filme Cinema Paradiso: 
Alfredo, é belissímo!!!

domingo, 17 de abril de 2011

Filé de abadejo a moda da casa


É bom começar me desculpando pela apresentação pouco cuidadosa do prato, mas resolvi fazê-lo em um dia que dispunha de pouco tempo justamente pela sua praticidade. Dessa forma, apesar de ter ficado uma delícia, não ficou nada fotogênico. Esse peixe a moda da casa foi elaborado inspirado em outros pratos que provei em momentos diferentes da minha vida.
Primeiro: a escolha do peixe. Eu e meu marido comemos na praia de Gamboa na Bahia uma moqueca de abadejo inesquecível. Ele não curte muito peixe por causa dos espinhos, então acabou adorando essa opção.  O tiozinho da barraca era um amor e repetia inúmeras vezes que o preço dele era mais caro porque o peixe que ele utilizava era abadejo mesmo. 
Segundo: a escolha dos ingredientes. Em outra ocasião comemos aqui em Brasília um prato típico do Mato Grosso chamado mojica de pintado que também apreciamos muito. O prato é basicamente um refogado do peixe com pedaços de mandioca cozida. Eu tenho um livro de culinária regional que tem a receita original. Como o peixe que ia fazer não era o pintado preferi reservá-la para outra ocasião, mas aproveitei que tinha mandioca cozida e acrescentei na minha moqueca. Usei ainda cebola roxa, alho, pimentões vermelho e amarelo, tomate cereja,  azeite de dendê e leite de coco.
Para dar um toque especial acrescentei uma pitada de garam masala e temperei o peixe com um sal aromático que virou febre aqui em casa. Há algum tempo descobri um sal rosa que é extraído das rochas do Himalaya, de regiões onde há milhares de anos existiu mar. Fiquei fascinada com o produto mas o preço estava literalmente muito salgado aqui em Brasília. Em viagem a São Paulo descobri outras opções de sal como esse da foto que o Citrus Salt (A zest of lemon) da Smart Spice que é importado da África do Sul. Esse sal é moído na hora e vem aromatizado com raspas de laranja e de lima e sementes de funcho. É muito bacana para temperar salada, além do charme do ritual de moer o sal na hora, exala um aroma muito gostoso. Acabei encontrando o sal rosa por um preço mais acessível e comprei também só que ainda não utilizei. Tinha também disponível  a flor do sal, que é a primeira extração da salina, ou seja, um sal mais puro que o sal tradicional. 
Mas voltando a inspiração da moqueca...
Terceiro: o modo de fazer. Fiz da forma como lembrava que minha mãe fazia moqueca, mas como faz um tempão que vi ela fazendo acho que acabei não sendo fiel e inventando uma forma diferente, mas também não tem muito segredo não. O melhor de tudo é que o prato recebeu nota máxima do meu amor. Depois de muita insistência para saber se ele tinha certeza que era nota 10 ele acabou abaixando para 9,5  que, ainda sim, é uma nota para se comemorar. Apesar dele ser suspeito para falar achei que o feito era digno de nota!  Para aqueles que não comem carne na sexta feira santa e pretendem ir para a cozinha está dada a dica. 





E para alimentar a alma, toda a sensibilidade de Wagner Moura
recitando um texto de Clarice Lispector: é lindo d+!   

domingo, 10 de abril de 2011

Berinjela com garam masala


A dica desse domingo é dar um toque especial naquela receita tradicional de berinjela com o tempero indiano garam masala. O tempero aromático é uma mistura composta de coentro, cardamomo, cravo da índia, canela, noz moscada, pimenta do reino, pimenta calabresa, gengibre em pó e casca de laranja. O uso tradicional na Índia é para temperar frango e peixes. O frango eu já fiz e fica realmente delicioso, pretendo repetir em breve e postar a foto. Eu considero essa mistura super versátil, inclusive até para ser usada em receitas de bolos e biscoitos. Descobri os temperos indianos quando era vegetariana e, como nessa época ainda consumia derivados de leite,  usava a garam masala para fazer um estrogonofe de palmito que era um sucesso.

Sobre a berinjela, atualmente faço-a refogada na panela de pressão e são necessários apenas 3 minutos de cozimento para ficar no ponto. Depois de pronta congelo em porções menores e retiro na noite anterior para ser usada para temperar saladas e principalmente como recheio de sanduíches. Aqui em Brasília tem a rede Marietta de sanduíches leves que tem o sabor de Berinjela com Cream cheese que é divino! Agora que estou evitando o leite faço o meu apenas com berinjela ou de berinjela com frango desfiado que é um sabor também disponível no cardápio do Marietta.

Outra dica super legal é a loja de temperos Bombay Herbs & Spices, considerada pelo proprietário a primeira loja especializada em pimentas e especiarias do Brasil. Fica em um espaço pequeno, mas super charmoso nos Jardins em Sampa, que eu tive o prazer de conhecer recentemente. No shopping Morumbi também há um quiosque da marca. Para quem gosta de pimenta é um prato cheio: as espécies foram classificadas em um nível de picância que vai de 1 a 11, nível este que acredito ser só para os mais corajosos aventureiros. Só para dar uma idéia adquiri a dedo de moça que está classificada como picância 7. Eu já conhecia a marca Bombay há muito tempo, inclusive já havia adquirido temperos indianos dela aqui mesmo em Brasília. Mas visitar a loja valeu à pena, a diversidade é bem maior. Para quem não tem essa disponibilidade uma boa notícia, os produtos estão à venda também pela internet no endereço eletrônico www.bombayfoodservice.com.br.

domingo, 3 de abril de 2011

Alma do Canadá_Maple Syrup



Todas os países tem as suas tradições culinárias e o Canadá não é diferente. Se tem um produto que realmente é genuinamente canadense é o xarope de bordo, conhecido como maple syrup (em inglës) ou sirop d’érable (em francës) já que parte do país é bilingue. O xarope é extraído da seiva daquelas árvores famosas de lá que representam tanto a identidade canadense que tem até sua folha estampada na bandeira do país. 

No Canadá, o xarope de bordo é muito consumido e existem casas especializadas nas receitas com o xarope chamadas Cabane à sucre (cabana de açucar). Uma forma bem divertida de consumo do xarope, muito tradicional no inverno, é obtida despejando o xarope quente diretamente na neve o que dá origem a uma espécie de pirulito puxa-puxa. Em outras épocas do ano é possível experimentar a versão similar que é feita usando gelo picado.

Várias receitas no Canadá levam o xarope que está presente nas sobremesas, chocolates, sorvetes. Adorava em particular o Maple Cream, donut da famosa rede de café do canadá, outro ícone do país, a Tim Hortons. De uns tempos para cá percebi que o xarope tem ficado cada vez mais comum e fácil de achar aqui no Brasil. Já encontrei em diversas redes de supermercados aqui em Brasília e em outros estados.